Na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023, o Pavilhão Húngaro se concentra em um novo museu em Budapeste, o Museu de Etnografia. Ele foi projetado por Marcel Ferencz (Napur Architect) e concluído em 2022 como um dos programas de desenvolvimento cultural e urbano mais notáveis da Europa, o Liget Budapest Project. A exposição em Veneza, intitulada “Reziduum – The Frequency of Architecture” e com curadoria de Mária Kondor-Szilágyi, apresentará o acervo do museu através do meio digital. Um curta-metragem de animação intitulado Ethnozoom e um programa de computador interativo, o MotifCreator, permitirão que os visitantes se familiarizem com as tradições húngaras e criem suas próprias composições de motivos. O Pavilhão Húngaro exibirá obras do arquiteto Marcel Ferencz, do arquiteto e compositor Péter Mátrai, da arquiteta Judit Z. Halmágyi e do designer de iluminação Ferenc Haász.
Como inspiração para a exposição de Veneza, o Museu de Etnografia apresenta duas alas que se assemelham a um círculo imaginário de circunferência de 1 km. A superfície do edifício se estende até um jardim na cobertura com mais de 7.000 m². Este círculo é uma passagem entre o cenário natural do Parque da Cidade restaurado e a vida agitada da cidade. Muitos itens variados estão em exibição no Museu. Em uma sala, os visitantes podem ver a treliça decorativa em uma área de exibição com iluminação especial a laser. Além disso, o Soundcylinder, um novo instrumento contemporâneo criado pelo arquiteto e compositor Péter Mátrai, é o motivo que cria uma conexão audível entre a estrutura e a experiência musical.
A fachada do Museu de Etnografia é composta por quase meio milhão de pixels, exibindo uma tapeçaria entrelaçada da cultura húngara. Inclui transcrições contemporâneas e padrões ornamentais utilizados em diferentes momentos pelas variadas tradições expostas e preservadas no museu. Além disso, a fachada do museu pretende representar a rica história do país ao longo dos últimos 150 anos.
Na Bienal de Veneza deste ano, os visitantes do Pavilhão Húngaro poderão interagir com um aplicativo de computador, o MotifCreator, e um curta-metragem de animação, o Ethnozoom. Para o aplicativo, mais de 1.000 ornamentos e motivos vetorizados da coleção permanente do museu de artefatos húngaros e internacionais são integrados à experiência do usuário. Por meio desse aplicativo, os usuários podem usar uma tela sensível ao toque para criar e baixar suas composições temáticas originais. Na exibição do filme, é explorada uma memória cultural com camadas etnológicas, desde artefatos históricos até a composição do novo prédio e as paisagens urbanas do entorno. Ambas as apresentações visam expandir a criatividade da comunidade global e a variedade de conversas culturais. Além disso, no pátio do pavilhão, um modelo em escala exibirá as construções concluídas do Ligest Budapest Project e suas futuras construções planejadas.
Seguindo o tema deste ano, “O Laboratório do Futuro”, com curadoria de Lesley Lokko, muitas nações decidiram mergulhar em sua história local, paisagem e experiências culturais. O Pavilhão de Taiwan "Aparatos Diacrônicos de Taiwan" explora como os habitantes locais ao longo da história de Taiwan usaram sua intuição para moldar seu ambiente, abrindo um diálogo sobre terreno artificial e natural para redescobrir o que podemos aprender com a natureza. O Pavilhão do Chile apresenta “Ecologias em Movimento”, abordando a reparação ecológica e as importantes questões culturais e sociais associadas a elas. Por fim, o Pavilhão do Uruguai apresenta “Cenários Futuros de uma Jovem Lei Florestal”, desdobrando a lei florestal local como uma infraestrutura ecossistêmica ainda em construção.
